2005-10-31

Os meus pais

estão a chegar e eu preparo-me para comidinha boa e muito mimo. :)

Gosto de


sapatos/sandálias arrendondados

Quando

a I. tinha mais ou menos 10 meses eu e o M. fomos, pela primeira vez desde que ela tinha nascido, passar um fds os dois sozinhos.

Deixamo-la com a mãe do M. ali mesmo ao lado, pertinho, para o caso de ser necessário ir buscá-la.

Lembro-me tão bem. Foi dos fim-de-semanas mais maravilhosos que passei com o M. Fazia-me falta aquele tempo a dois. Hoje, ao ver as fotos, lembro-me da sensação de liberdade, numa esplanada, com o sol a dar-me na cara. Os dois, um jornal e um café. Tão simples, tão bom.
Do adormecer no quarto, do acordar tranquilo, do jantar fora. Nunca, como nesses dias, e já o voltámos a fazer, me soube tão bem. Estava a precisar e desde então não voltei ainda a sentir a mesma necessidade.

Gosto

dela.

Acho que tem um dos blogs mais sinceros e verdadeiramente ternurentos que leio. Assim, sem peneiras, nem floreados, nem parolices.

Imagino-a uma pessoa simples e franca. Tranquila. (Serena?)

Lá fora

chove, chove, chove. A chuva ouve-se e não se vê quase nada.

Sabe bem estar cá dentro.

Depois

de almoço vou deitá-la. O quarto já tem os estores descidos, ela no corredor encosta-se ao meu ombro. Deito-a e saio silenciosamente. Durante algum tempo ouço-a falar sozinha, depois vamos almoçar e esqueço-me dela, a porta da sala fechada.

Muito tempo depois vou espreitá-la. Está sentada na cama, no escuro, os olhinhos muito abertos. Sossegada, sem dizer nada, sem protestar.

Sinto um aperto cá dentro que nem sei bem o que é, assim uma ternura e uma tristeza a apertarem-me as entranhas, e tiro-a da cama. Não dorme a tarde toda e fica rabujenta mas não faz mal.

Palavras

Mesmo que quisesse, não poderia fazer um inventário das que conhece. Desde há umas semanas para cá deu-se um boom. É como se tivesse descoberto um truque qualquer. Passou das vulgares que ouvia mais vezes, a imitar tudo o que dizemos.

É giro!

2005-10-30

Chuva

Mantém-nos "presos" em casa. Todos ficamos um pouco moles, impacientes e ela faz asneirinhas que habitualmente não faria.

Inevitável

Quando temos visitas, ela dança.

Amigas

Quase 38s

Ainda andamos por aqui.

(Devagarinho)

2005-10-28

Do que os bebés não gostam (e eu também não)

(Da Pais & Filhos deste mês)

* Alterações de rotina
Faço-as excepcionalmente e de forma isolada, de preferência. Agora sou menos cuidadosa, claro, mas ainda assim tento não abusar. Quando a I. era pequena não gostava de sair com ela à noite, nem de a perturbar muito nesse horário. Tento respeitar sempre que possível os horários das refeições, e quando era bebé procurava locais calmos para amamentar.

* Situações de stress
Não me venham gritar para ao pé dos filhos, sff. Eu também tento não gritar quando estou com ela e evito deliberadamente discussões.

* Locais cheios de gente e barulho
Com um bebé nem pensar. Só a título muito excepcional. Centros comerciais em hora de ponta? À noite? Nã! Mesmo agora que ela é mais crescida.

* Fumo de tabaco
Havia muito para dizer, mas... Em minha casa ninguém fuma. E muito mais não posso fazer, senão fazia.

* Serem entregues a pessoas que não conhecem
Sem comentários. Mesmo com a família tenho cuidado. Não pela família, óbvio, mas pelo bebé.

* Serem retirados do colo da mãe
Quando a I. nasceu eu fui muito mázinha. Não deixava que lhe pegassem ao colo por dá cá aquela palha e não admitia que a arrancassem do conforto da cama ou da espreguiçadeira quando ela estava lá satisfeita. Colos com moderação enquanto pequenina.
Deste filho também vou ser mázinha. Ainda não mudei de ideias.

* Excesso de estímulos, serem acordados, não os deixarem dormir
Visitas com moderação e nem pensar em acordar o bebé para alguém o ver. À noite é para descansar. Nada de andar de colo em colo e de muita gente à volta.

(E que bom que foi ler o artigo)

Não ter pressa

Eu não tenho pressa. Nenhuma.
(Da I. também não tive)

Agrada-me ter um bebé cá dentro. Não me sinto inchada, nem demasiado cansada, durmo bem, desloco-me bem desde que devagarinho, e com o resto aguento.

Eu não tenho pressa. Nenhuma.

Sei que o nascimento de um bebé é uma reviravolta enorme (da I. não "sabia", mas "pressentia") e eu gosto também da minha vida agora. Gostava da minha vida de antes.

Eu não tenho pressa.

De saber o sexo, a cor e o formato dos olhos, se tem muito ou pouco cabelo, se é gordo ou magro, comprido ou pequeno, se é parecido comigo ou com ele, ou com os dois.

Não tenho.

Gosto de estar grávida e não sei se volto a estar.

37s5d

AZIA.

(blargh)

Imagens de ti


(Esta não é minha, mas está d-e-l-i-c-i-o-s-a! Obrigada, S.!)

2005-10-27

Fases

Está definitivamente numa fase nova: quer ser ela a fazer tudo e sozinha, de preferência! Descer escadas, comer, vestir-se, despir-se, etc.

Irrita-se com facilidade quando contrariada ou quando não consegue aquilo a que se propõe. Aliás, está bastante sensível e irritável, especialmente ao final do dia, quando está mais cansada!

Estou mais resignada à ideia (risos) e vejo isto como a minha menina a crescer.

(À parte os ataques de mau humor, continua a menina sorridente e bem-disposta de sempre. Adora ser o centro das atenções e fazer gracinhas para os adultos! :))

Outono

Pessoas de manga curta.
Pessoas de camisola de lã.

2005-10-26

37s3d

Fui ao médico. Tudo na mesma. Parece até que houve um retrocesso, o bebé está mais subido. :)
(O descanso teve o seu efeito)

Está tudo bem e o bebé deve pesar à volta de 3300Kg. O médico acha que na próxima semana ainda não deve acontecer nada. De amanhã a oito volto lá para vermos como estão as coisas. :)

(Fico contente por saber que ainda devo ter algum tempo!)

Qualidades que me agradam nas pessoas (I)

(É claro que todas as qualidades são agradáveis. Mas umas valorizo mais que outras)

Serenidade.
A serenidade é parecida com a calma, mas não é bem a mesma coisa, parece-me. A serenidade implica um gestão inteligente das emoções, acho. É desdramatizar, é não ferver em pouca água, é saber relativizar. É saber viver, no fundo.

Há pessoas calmas que não o são por dentro. Apenas são calmas na exteriorização dos sentimentos. As pessoas serenas são pessoas calmas por dentro e por fora.

Conheço poucas pessoas que considere serenas.
Aprecio a serenidade provavelmente por ser uma qualidade que me faz falta.

(Definição: serenidade
do Lat. serenitate

s. f.,
qualidade ou estado de sereno;
tranquilidade;
suavidade.)

Começa

já não me lembro bem porquê. Berra como nunca a ouvi berrar, furiosa. Não admite consolo nem reage bem ao nosso contacto. Alterna entre a calma e a irritação. Quer comer sozinha e não consegue, passa do brincar com a colher ao espernear furioso.

Não se distrai com nada e não pára de chorar. Deita-se no chão e rebola furiosa.
Tentamos confortá-la ou distraí-la. Deixamo-la sozinha. Nada.

Nunca a vi assim.

O M. ri-se, mas a mim só me apetece chorar. Assusta-me a violência, a falta de um motivo, a nossa impotência. Não me atrevo a aproximar-me porque tenho medo que me magoe. O M. tenta acalma-la e saem de casa no carrinho novo.

Quando chegam a casa ela chama-me "mã-ae!" e está tudo bem.

(Sei que não devo dar muita importância, mas há uma angústia pequenina que se instala)

Passo

a noite toda a acordar, de manhã fico sem sono depois deles sairem.

Apanho roupa, estendo roupa, arrumo a loiça da máquina, ponho loiça na máquina, faço uma sopa.
8h30.

(In)Directa

Gosto desta

... e desta!

(No Ikea)

2005-10-25

Não

gosta que lhe digam o que fazer, ou como, ou quando. Eu também não.
Não gosta de ser contrariada. Eu também não.
Não gosta que lhe imponham coisas. Eu também não.
É dada a ataques inexplicáveis de mau feitio, por dá cá aquela palha. Eu também.
É impaciente e teimosa. Eu também.
Não tem papas na língua e é pouco comedida. Se não gosta, demonstra. Eu também.

Eu devia era ficar caladinha...

Chegou-me

a casa pelas mãos da S. que fez o favor de a trazer (obrigada, querida!), toda bem-disposta. Tinha umas borbulhinhas na cara, pelo que achei boa ideia colocar-lhe um bocado de creme.

"Papa!", "Deixa a mãe por um bocadinho de creme primeiro!"
"Não, papa!", "Ajuda a mamã com o creme!"
"Não, papa!", "Mostra à S. onde se põe o creme!"
"Não, papa!", "Toma um bocadinho para o teu dedo. Vá, põe na bochecha!"
"Não, papa!"

(Papa = cheerios)

Ok, desisto.

Mais tarde, as três no quarto, os cheerios acabam.

"Papa!", "Agora não há mais papa! Vais tomar banho e depois jantar!" (Tom irredutível)

Desaparece do quarto e eu comento com a S. que deve ter ido buscar a caixa de cereais à cozinha. Aparece passado pouco tempo com o creme na mão.

(risos)

2005-10-24

Acho

que nunca bebi tanto leite na minha vida.

(Fresquinho. Um copo de cada vez, quase de seguida!)

Tenho

pancada por algumas coisas. Assim, de repente, por cachecóis, malas e brincos.
Desde que sou mãe tenho menos dinheiro para as minhas pancadas. E também menos tempo.

(Ai os cachecóis lindos que vi hoje. Ficaram nas lojas.)

Imagens de ti

Pior

do dia: ter baralhado a ida ao médico e apanhar uma desilusão porque afinal é só na quarta.

Melhor do dia: o jantar (delicioso) feito por ele.

Os movimentos

do bebé mudaram nos últimos dias. Agora parece que toda a barriga se mexe mais devagar. Também está menos activo (suponho que por falta de espaço) e às vezes é quase doloroso! Sinto picadas em baixo de vez em quando.

Garantia

para um mau começo de dia: ter que convencer uma criança de 19 meses a tomar um bocadinho de água com um medicamento, em jejum.

Acho que prefiro o nariz ranhoso e as prováveis constipações!

2005-10-23

Cá em casa

não há cortinados. Puxamos os estores para baixo quando está muita luz. (Mesmo assim a casa fica muito luminosa)

É à noite e de manhã que gosto mais de estar à janela. Sempre tive paixão por casas com janelas grandes.

Adormeceu

(Depois de algum choro - não sei o que lhe deu. Mas fiquei triste por não lhe ter dado o beijinho de boa noite: foi castigo por não ter comido nada. No fim eu é que me senti castigada.)

Pernas dobradas debaixo da barriga, rabo espetado no ar.

(Já não é a primeira vez. A minha mãe diz que eu adormecia muitas vezes assim.)

37s


Imagens de ti

Dois filhos


Uma cá fora. Outro(a) lá dentro.

Saí de casa

e lavei a alma.

2005-10-22

Aos

ataques de mau-feitio com empurrões descarados eu já estava habituada, mas agora seguem-se abraços apertados e tão insistentes que deixam sem respiração a criança, ainda mal refeita do empurrão.

Temos que a afastar à força. Ó, valha-me Deus!

(E o "pior" é que eu acho que ela não faz por mal. É que nós estamos sempre a pedir abraços apertados e regozijamo-nos quando os obtemos. Sinto-me mal a repreendê-la, mas é imperativo "salvar" a outra criança e mostrar-lhe que aquele oposto exagerado também não é boa ideia!

ou

Ultimamente parece que passo o tempo a repreendê-la e é-me penoso!)

Quase 37s

Os meus pais telefonam-me todos os dias. Às vezes um, outras vezes o outro, e chegam a telefonar os dois.

Depois

de uma semana e meia em casa, os efeitos fazem-se sentir: estou impaciente e rabujenta. Difícil de aturar, admito.

(Amanhã saio de casa, não quero saber!)

2005-10-21

Melhor parte

de fazer bolos: não deixar escorrer tudo para a forma e limpar com a ponta dos dedos.

(Espero que não me falte nenhum ingrediente!!)

Com 19 meses

a I. imita tudo o que dizemos (à maneira dela, pois claro), é viciada em cheerios e vai ter um irmão ou uma irmã.

A minha

capacidade para dormir aumenta de dia para dia. Estou a criar sérios maus hábitos!

2005-10-20

São

23h e já dormem os dois. A casa está silenciosa. Despeço-me deles antes de me deitar e apago as luzes.

Há momentos assim, em que me sinto infinitamente feliz e privilegiada.

La famiglia

Em conversa escrita com uma amiga, falamos da vontade dela de regressar à cidade onde estudou e da pouca vontade de ter que lidar na base diária com a sogra.
Não é surpresa para mim, já sei das relações menos boas que tem com a família dele. Também não é a única amiga ou conhecida que tem estas dificuldades.

A questão é que a pessoa com quem decidimos viver vem sempre com um pack familiar atrás. Há packs maiores ou menores, mais ou menos presentes, mais ou menos agradáveis. E se já é difícil encontrar alguém com quem nos identifiquemos ao ponto de partilhar loiça e roupa suja, acordares despenteados e menos glamorosos, entre outras coisas, muito mais complicado é escolher alguém que venha com um pack familiar que nos agrade. E será que isso é importante?

Eu nunca pensei muito nisso até ter que partilhar a minha vida com o M. e, por consequência, com a família dele. Nunca me preocupei em conhecer a família dos meus namorados para evitar futuros problemas. Era o que faltava.

Mas agora acho que a relação do casal é afectada pela relação com as respectivas famílias. De formas diferentes claro, porque todos somos diferentes.

Eu e o M. vimos de famílias pouco parecidas. A nossa dinâmica familiar tem pouco de semelhante. Tanto no agregado familiar "base" (pais e irmãos), como no conceito de família mais alargado (tios, primos, avós). Assim, de uma forma geral, na minha família sempre houve mais rotinas, segurança e estrutura e na dele mais intimidade, proximidade e companheirismo. Por outro lado a família dele, alargada, é muito mais unida que a minha, mais que não seja por viverem (quase) todos na mesma cidade. É assim uma espécie de clã.

Confesso que adoro a família do M. como se fosse a minha desde sempre. Até me identifico mais com eles que com muitos dos meus (não estou, claro, a falar de pais e irmãos). Também admito que as maiores divergências que tivemos um com o outro se deveram a questões relacionadas com a família.

Eu própria, que admito ter uma boa relação com a família dele, teria que pensar muito bem a decisão de me mudar para ao pé deles.

Na minha opinião, é importante haver uma boa relação com a família do outro. Respeitar os laços fortes que existem, não nos sentirmos ameaçados por eles.
Mas também é importante preservar a nova família que se forma. Deixá-la ter um espaço e vida próprios. Sem demasiadas interferências ou intromissões. Há amarras que devem ser cortadas. É um equilíbrio que deve ser gerido pelo casal. Em respeito pela maneira de ser dos dois. E não é fácil.

2005-10-19

Três dias

de sol e eu peço à rapariga que me ajuda em casa para lavar as janelas.

Deve choviscar ainda hoje.

Nesta fase

um dia sem um post é motivo para receber sms's e mensagens de amigos no msn.

:)

(Da I. recebi inúmeros telefonemas nas últimas semanas)

2005-10-18

À espera

Eu que sou tanto de analisar e antecipar e antever, e planear e dissecar as coisas ao ínfimo pormenor, com o parto não sou nada assim.

Não perco tempos infinitos em preocupações inúteis, em imaginar cenários possíveis, em sofrer por antecipação as dores que vou sentir, nada. Não me interessa planear muito. Aliás, não me interessa planear nada.

Não gosto de partos com horas marcadas, a não ser que seja necessário por motivos clínicos. Não me atrai mesmo nada, apesar de ver as suas vantagens. Claro que gostava de ter um médico de confiança ao meu lado, claro que gostava de ter condições que me permitissem conforto e a garantia de acompanhamento familiar, claro que gostava. Mas isso para mim não é o mais importante.

Não me atraem as clínicas privadas com o seu conforto. Não me atraem as cesarianas marcadas só porque sim. Não me interessam os partos provocados só porque sim.

Para mim o importante é que o meu filho nasça na hora que ele considere como boa, e seja acompanhado por médicos competentes, mesmo que me tratem como mais uma entre muitas, sem deferências nem paninhos quentes. Que se lixe o conforto.

Sei que o parto vai ser como terá que ser, um acontecimento onde se vão cruzar sortes e azares, onde pode correr bem ou mal e apenas me preocupa que eu esteja serena o suficiente para colaborar e ajudar, em vez de atrapalhar. Faço figas para que tudo corra bem e não me martirizo demasiado.

Já sei como é, que me vão espetar agulhas (o que detesto), que me vão escarafunchar incomodamente, que me vão abandonar um pouco à minha sorte porque não vou ser a única e porque é o meu corpo que tem que parir, e que vou estar um pouco assustada pelo bebé que em mim quer nascer e pela estranheza e violência desse nascimento.

O que me irrita são estes minutos todos onde os meus pensamentos inevitavelmente se viram para o nascimento e onde apesar de tudo me perco um pouco. Não gosto de estar à espera.

Gosto disto

De me levantar sem pressas, de comer devagar com um livro à frente, do silêncio na casa, do banho tomado sem pressas, de dormir um bocadinho à tarde, de ficar a olhar para a porta à espera dos passinhos leves dela (e dos menos leves dele).

Não sei durante quanto tempo, mas, por enquanto, gosto.

(Não gosto das dores nas costas. Não gosto da sensação de estar à espera.)

Na cabeceira


(A ser lido avidamente)

2005-10-17

Mudanças ou Crescer

Sou um bocadinho adversa a algumas mudanças, especialmente se elas significam pequenos sacrifícios. Não é que as recuse, ou me oponha abertamente, especialmente se as sentir como necessárias, mas custa-me, pronto. É a comodidade do que se conhece e funciona bem pelo que não se sabe muito bem o que é.

Acho que com a I. deve ser a primeira vez que acontece.
Ela agora quer comer sozinha.
(A verdade é que não é bem de agora, mas agora está mais empenhada nisso)

O problema é ela comer melhor se formos nós a dar, do que sozinha. O problema é que a refeição que tem connosco é o jantar, tarde, quando estamos mais cansados e com menos paciência. O problema é que a comida se espalha por todo o lado. O problema é que ela demora uma eternidade a comer. O problema é que se suja toda e é depois do banho, já com o pijama vestido. O problema é que parece que se entusiasma e já está mais a brincar do que a comer.

O problema não é problema nenhum, obviamente. É perfeitamente normal. E porque está a crescer, ela merece que nós a deixemos evoluir. Mudar. Mesmo que com isso venham uns jantares mais difíceis, sujos e demorados. Cansativos para nós.

O verdadeiro problema é que nós somos "pessoas a sério", com fraquezas e cansaços e impaciências. E se uma colher ou duas a irem para o chão ou para cima dela têm piada, as seguintes já não têm tanta. E o verdadeiro problema é que ela é teimosa e não quer ser ajudada. E o verdadeiro problema é que nós estamos cansados e quando damos por isso estamos a tirar-lhe a colher "a mãe ajuda, toma" e ela fica furiosa, mas nós já só queremos que ela coma e pare de brincar, "a mãe enche e tu comes" e ela chora, mas já só falta um bocado e assim ela janta em condições, "a mãe dá" e ela não quer, mas eu quero é que ela coma e vá dormir, para eu jantar também.

E depois fico a pensar que a devia deixar crescer à vontade, e que faz parte, e que não me devia chatear com as tentativas frustradas dela e que bom bom era eu ser uma mãe perfeita daquelas que nunca se queixam, que têm muita paciência e fazem tudo bem, mas não sou. E hoje à noite se calhar ela já vai comer mais colheres e eu já vou estar mais calma, porque o importante não é eu ser perfeita, que ninguém é, mas eu ir vendo as minhas imperfeições e fazer um esforço para ser melhor.

Melhor mãe.

O que

me safa são as t-shirts dele.

(Se tivesse que ir trabalhar não sei o que vestia!)

2005-10-16

A minha mãe

é a mais doce, a mais querida. A mais paciente.

Ninguém

lhe dá comida tão facilmente como a minha mãe.

(É impressionante)

Pensei

que era desta.

Na sexta-feira tive uma noite horrenda. Fui deitar-me já meio maldisposta e a meio da noite começou o suplício. Umas dores de costas que iam e vinham e uma indisposição muito grande.

Tentei mudar a posição na cama. Almofadas para cá e para lá. Nada.
Tentei ir para o sofá, deitar-me, nada.
Tentei ficar sentada no sofá, nada.

Em desespero de causa fui acordar o M.

Cheguei a pensar que as dores nas costas eram contracções (e se calhar eram mesmo) porque tão depressa não me conseguia mexer como ficava melhor.

Quando já estava decidida a ir para a maternidade, o M. vestido, vomitei a indisposição que tinha e um banho quente acalmou-me as dores nas costas. Dormi até de manhã e não voltou a acontecer.

Ufa.

2005-10-14

Amanhã

vamos ter um casamento. A I. já tem quase tudo, mas falta uma camisola que fique bem no vestido.

Como estou proibida de calcorrear centros comerciais ou lojas, o M. tem andado numa saga estas últimas noites. A boa vontade dele é enternecedora, mas os resultados são... Os expectáveis, de um homem.

(Ainda que cheio de boa vontade!)

Outono

Levar as ventoinhas para a arrecadação, trazer os aquecedores.

Sinais

inequívocos de que está tudo bem: eu como e o bebé mexe, mexe, mexe.

No final

da gravidez da I. comecei a bordar em ponto de cruz (risos) uns lençóis para a I.
Será que é desta que os acabo?

(Já não falta muito, mas este bebé parece ter pressa)

A minha liberdade

neste momento consiste em escolher entre o sofá, a cama e a cadeira do computador.

É impressão

minha, ou está mesmo a ficar frio?

2005-10-13

Esta imagem


Lembra-me tanta coisa.

Há pessoas

que falam, falam, falam, falam.

Eu gosto de ouvir.

Do baú III


(7 meses)

O M.

sempre lhe deu banho muito melhor do que eu.

Braços mais fortes, mãos maiores, mais descontraído.

Quando

vimos pela primeira vez a nossa casa actual, não estávamos à procura de casa. Ainda não.

A I. tinha poucos mesinhos e, tendo em conta que queríamos outro filho para breve, sabíamos que mais cedo ou mais tarde teríamos que nos mudar. A nossa casa tinha dois quartos e um deles servia de escritório. Por outro lado, como as nossas famílias não são de cá, o escritório era também quarto de visitas.

Um dia, a caminho de casa, reparámos num anúncio ao longe, num apartamento que se destacava pela vista que em princípio teria. Muito perto da nossa casa de então, como queríamos. Tirámos o número e mais por curiosidade, fomos lá. Lembro-me que a mim não me apetecia nada ir, porque era de noite, a I. tão pequenina, mas o M. insistiu e fomos.

Recebeu-nos um casal de idade da África do Sul, numa sala cheia de fotos dos muitos netos loiros de olhos azuis. Uma simpatia.

A casa estava de origem, no melhor dos anos 80. Mas apesar da sanca floreada em gesso na sala, dos azulejos horrendos na cozinha, das loiças azuis escuras e bordeaux na casa de banho, da alcatifa no chão, nesse dia à noite, deitada na minha cama, o M. e a I. a dormir ao meu lado, eu imaginei a casa toda como ela seria. Remodelada e com as nossas coisas.

O processo foi complicado. Os senhores iam para África do Sul dali a uma ou duas semanas e nós não nos podíamos comprometer com a compra da casa sem vender a nossa. Precisávamos de tempo e eles não o tinham. Desistimos da casa, até que, no dia dos meus anos, recebo um telefonema.
A partir daí, com muitas dificuldades pelo caminho, a coisa resolveu-se. Conseguimos vender a nossa casa e conseguimos que o novo dono (que agora nos vem trazer o correio e janta connosco) nos deixasse ficar lá até as obras da casa nova estarem prontas. Quase um ano depois de a termos visitado a primeira vez, mudamo-nos para lá.

Hoje encontrei as fotos antigas, dos azulejos horrendos, e ri-me para dentro. Ficou exactamente como eu a a imaginei. E gosto tanto dela.

Quando

podemos dormir parece que nem nos apetece tanto.

2005-10-12

Post do dia

(pelo menos até às 15h10)

Este!

Pior do Outono

Trocar isto

Por isto

Se calhar

já fazia as malas para a maternidade...

(Ai, a descontração de uma segunda gravidez! ;) )

35s2d

Casa.

Parece que as coisas já estão a andar e não queremos o bebé cá fora antes das 37s.

2005-10-11

Quando

a I. nasceu, eu pedi ao M. que pegasse no meu telemóvel e avisasse os contactos da minha lista telefónica.
Quando me entregou o telemóvel, no dia a seguir, eu estava toda contente à espera de ler muitas mensagens de parabéns.

Mas ele considerou que, uma vez que tinha sido ele a enviar as mensagens, então também devia ler as respostas e, já agora, para a memória não ficar cheia, apagá-las. :)

(Fiquei fula! Ai dele que repita a piadinha... ;) )

A minha

cunhada M. descobriu, com uma pancada na cabeça, uma doença que, a passar mais tempo despercebida, lhe podia ter sido fatal.

Durante muitos dias, fez análises e exames que se revelavam contraditórios e inconclusivos, até chegarem a um diagnóstico. Que não foi fácil de aceitar.

A vida dela mudou radicalmente, e teve mesmo que sair da cidade onde vivia para ter um acompanhamento melhor. Tomou medicação que lhe começou a deformar em poucas horas o corpo, lhe perturbou o equilíbrio interior e a deixou de rastos fisicamente.

Enfrentou tudo sem queixas de maior e sem fazer de vítima. Passou por fases muitos difíceis, mas nunca se deixou ir abaixo nem nunca desistiu.

Ontem acabou a terapêutica. Sei que este deve ser um dia importante para ela. Para nós, porque gostamos dela, também é.


(Não sou de muitas palavras, nem mesmo aqui. Espero que estas sejam suficientes.)

Ela acorda

Eu vou lá.

"Olá linda!"
Ela: "Pai!!"
"Vamos levantar??"
Ela: "Não!! Pai!!"
"Queres o leitinho?"
Ela: "Não!! Pai!!"
"Vá lá, dorminhoca!!"
Ela: "Não!! Pai!!"

Retiro-me em silêncio. :)

(Adenda: A coisa podia perfeitamente passar-se ao contrário. Ela é do contra, eu já vos disse.)

Se

durante o dia o cérebro dele funciona bastante bem, já a meio da noite, quando ela acorda a chorar, não se pode dizer o mesmo.

(Para quem sobra, para quem é?)

2005-10-10

35s

Ataques de calor.

Saiu

no sábado de manhã (ai, os despertares às 7h da matina) e chegou tarde no domingo. (Fui buscá-la ao carro, encostei-a a mim e carreguei-a para casa. Adoro.)

Hoje entrei-lhe no quarto quase à sucapa, e fechei a porta, para ninguém saber. Despertei-a devagarinho, ela sem vontade de se levantar.

Sentei-a no colo e dei-lhe o biberão. Ela fez chichi e como a fralda estava cheia, mijou-me toda. (Eu estava prontinha para sair de casa)

"M.!!!!!!!!!!!!!!!"

Coisas

que uma grávida de 35s não devia ter que fazer:
Sair do carro com a filha de 11Kgs, uma mala, uma mochila e um guarda-chuva, sob chuva intensa.

(A tropeçar na saia comprida)

2005-10-09

Na corda da roupa

muitas peças pequeninas a secar.

Do baú II


(3 meses)

Já não me lembrava II

* De como ela sempre foi sorridente e alegre
* De como ela era gordinha

2005-10-08

Do baú



(1 mês)

Já não me lembrava

que quando a I. tomou o primeiro banho, "a sério", já tinha quase um mês.

(E foi a quatro mãos)

Estou

a organizar o albúm de fotos da I. (será que é desta?) e constato várias coisas, dos primeiros tempos:

* Eu estava sempre de pijama
* Eu estava com uma cara péssima
* Havia sempre alguém lá em casa além de nós

Imagens de ti

Gosto

de ser uma pessoa organizada. Gosto de não me esquecer frequentemente das coisas, de rapidamente preparar viagens, de ser boa a antever e a planear.
De saber onde as coisas estão, de me lembrar das coisas importantes, o que há para fazer, quando e onde.

Sou assim no geral, com algumas excepções, como é óbvio.

Do que me custa mais na gravidez é mesmo perder um pouco esta capacidade. Tornar-me mais distraída, esquecida, ter lapsos. Simplesmente não me lembrar. Lembro-me da perplexidade e da sensação de impotência que sinto quando me acontece. É terrível.

Nunca conseguiria estar (no sentido do "viver com", do dia a dia) com uma pessoa desorganizada, distraída ou esquecida do meu lado. Complicam-me com os nervos.

Vejo a capacidade de organização como um sinal de inteligência.

(O que não quer dizer, claro, que as pessoas distraídas não sejam inteligentes. Pelo contrário: algumas das pessoas mais inteligentes que conheço são completamente desorganizadas. Não sei se me expliquei bem. É assim uma forma de dizer que aprecio muito a capacidade de organização nas pessoas.)

Acho

que já lhe percebo algumas qualidades e defeitos.

O que gosto nela: a alegria. A personalidade forte.

Medos mais ou menos irracionais

Vê-la sair de casa com ele, um boneco em cada braço, a afastar-se de mim, saber que se vão meter no carro e andar muitos quilómetros e sentir um apertozinho que sei que só se vai desvanecer totalmente quando chegarem ao destino.

(Tenho tanto medo da estrada)

2005-10-07

Então

eu escrevi obcessiva em vez de obsessiva e ninguém me disse nada?

Francamente.

Muito bom

Um dos meus melhores

presentes de Natal de sempre (foi no Natal, não foi?), foi dado pela minha cunhada o ano passado.

Eu e a minha cunhada não nos damos às mil maravilhas. Às vezes parecemos cão e gato e só falta arrancar cabelos. Há coisas nela que me irritam e coisas em mim que a irritam. Depois de um período mais difícil, acertámos mais ou menos agulhas (dentro dos possíveis porque somos muito diferentes) e agora vamos tentando evitar conflitos.

Mas ela tem características que eu admiro muito e, convenhamos, umas ideias brilhantes para presentes de Natal. (Além de gostar da minha filha de uma forma comovente, coisa que só lhe posso agradecer do fundo do coração. Além de ser uma pessoa fantástica, de uma generosidade e alegria e força admiráveis.)

O que ela me ofereceu e eu amei, foi um diário de grávida.
Com os mails, fotos e afins, que troquei com ela (e não só) na gravidez da I. Lindo.

A pensar nisso e em jeito de "deixa lá ver se alguém se chega à frente, que eu sou demasiado preguicosa para isso", o que eu gostava mesmo muito era de ver o meu blog, com um ano, se lá chegar, impresso em papel e bem encadernado. Tás a perceber, ó M.?

Assim, com fotos, comentários e afins. Tás a ver?

(Agora que penso melhor, foi no meu aniversário que ela me deu o "diário", mas isso também não interessa nada)

Vergonha

Não telefonava há tanto tempo a um (grande) amigo, que já não sabia com que "nome" o tinha na minha lista telefónica do telemóvel.

(Acho tantas vezes que não mereco os amigos que tenho)

Coisas que me causam MUITOS arrepios

Episiotomia.

(ui!)

Coisas que me causam arrepios II

Aspiradores de secreções nasais.

(Onde será que ele está?)

Coisas que me causam arrepios

Bomba de amamentação.

(Onde será que ela está?)

Toda a gente diz

que lhe devemos comprar um presente para o mano(a) lhe dar quando nascer.

Mas
... ela não liga particularmente a presentes.
... ela não parece gostar mais de quem lhe dá presentes do que de quem não lhos dá. (não associa o presente à pessoa que lho deu para as mãos)
... a ideia não me parece muito convincente, nesta fase dela.
... nenhum presente me parece "suficientemente especial".

Estou tentada a não o fazer.

( A propósito

do post anterior)

Lá em casa raramente se ouvem CD's infantis. Eu e o pai M. gostamos de música e somos senhores e soberanos da música lá de casa. Não há cá abébias. Já se ouviu o DVD da carochinha até à exaustão e não há paciência para aquilo. Só as palminhas dela nos motivavam ainda, os risos e as danças, mas o DVD veio em nosso auxílio e recusa-se a ler aquilo. (Olha que chato!)

E ela dança com as nossas músicas, olé.

No carro idem, aspas. Não imagino viagens a fio para o trabalho sempre com as mesmas cantorias, e por isso, para ela não se habituar, não lhe demos ainda o gostinho. Além disso gosto de ouvir a TSF de manhã.

Somos uns mauzões.

Mas a rapariga ouve as músicas na ama, e mesmo não as ouvindo no leitor de CD's ou na aparelhagem, pede para nós as cantarmos. Ora eu não tenho jeito para cantar e não sei letras de músicas. Ultimamente até dou por mim a pensar nuns CD's infantis enquanto ela exige lá atrás "gato!!", "Juão!!!", "papa!!", ininterruptamente. (Ai, a minha vida!)

Mas vou resistir, olá se vou. (E entretanto aprendo umas letras e vou cantando qualquer coisa, pronto.)

Pesquisa

no google: "Joana come a papa".

Objectivo para o fds: decorar a letra.

"Come a papa,
Joana come a papa
Come a papa,
Joana come a papa,
Joana come a papa

Um, dois, três,
uma colher de cada vez
Quatro, cinco, seis,
era uma história de reis
e uma colher de papa

Come a papa...

Sete, oito, nove,
ainda nada se resolve
Dez, onze, doze,
à espera que a mosca pouse
e uma colher de papa

Come a papa...

Treze, catorze e meia,
a coisa não está tão feia
Dezesseis, dezassete,
mais um pingo no babete
E uma colher de papa

Come a papa..."


(Há mais do que isto?)

Quase 35s

Menos apetite. O jantar é particularmente difícil. Fico muito cheia e depois não durmo bem.

(É de aproveitar)

2005-10-06

Sento-me

num banco do centro comercial a descansar. Entre calores, contracções sem dor e "não me mexo daqui tão cedo", reparo num grupo de miúdos sentados ao meu lado. Atenção que eu disse miúdos, não disse jovens nem adolescentes, ou coisa que o valha.

Estão embasbacados a olhar para uma miúdinha que não deve ter mais de 11/12 anos e que se pavoneia à frente deles. Ela é sorrisinhos melosos, boquinhas, jeitinhos provocantes com o corpo, gargalhadinhas em que atira o cabelo para trás. Quase que fico com vergonha só de ver.

Quando a I. tiver 10 anos, tranco-a em casa e só sai comigo ou com o pai.

Nas

compras para o bébé, reparo num pacote de toalhitas de uma marca conhecida, que oferece uma "embalagem de passeio". No pacote, a sugestão de que eu coleccione as mesmas embalagens em todas as cores disponíveis.

A sugestão parece-me tão idiota que não levo as toalhitas.

Mais difícil

que ter e criar um filho, é arranjar uma pessoa de confiança que nos faça a limpeza em casa.

Não

sei porque é que insisto em experimentar roupa para não grávidas. Até os pijamas, valha-me Deus, me ficam mal.
Restam-me as camisas de dormir para mamãs.

(Pior, pior só os soutiens de amamentação.)

Depois

do bébé, eu não vou precisar de um creme reafirmante.
Eu vou precisar de um creme que faça milagres.

Os meus livros

estão mais bonitos.



(Imperdoável ainda não ter feito aqui o merecido elogio à Tânia)

Sou

capaz de sofrer antecipadamente por coisas que ainda não aconteceram. Tenho uma veia obsessiva e paranóica.

2005-10-05

18 meses

Birras, birras e mais birras.

Olho

para a bébé de um mês e tento absorver os cheiros, o tamanho e as ruguinhas nas pernas, o choro baixinho e inexplicável.

Cada vez o sinto mais: está quase.

Imagens dela (VII)

No meu top

2005-10-04

Arrumações ou Post sem interesse nenhum, é favor passar à frente

Gosto de arrumar. De organizar, de limpar, de renovar, de deitar fora, de ter as coisas em sítios que sei quais são.

Por incrível que pareca, e apesar de estarmos nesta casa só há uns nove meses, a tralha acumula-se. Todos os armários e roupeiros estão cheios, e com a chegada eminente de mais um membro da família, é urgente arranjar espaço.

A roupa da I. de outono/inverno do ano passado, que tinha sido mudada das gavetas mais acessíveis para as menos acessíveis, foi finalmente encaixotada (vivam as caixas de arrumação do ikea). Comprovo que bem dobradinha não ocupa assim tanto espaço, que eu também não sou de comprar mais roupa que a necessária. (O M. ria-se se lesse isto, mas ele é gajo, não percebe nada de roupa de senhora)

Agora, fica ali arrumadinha à espera que o bébé saia da barriga e cresca um bocadinho, e depois, quando não tiver utilidade cá em casa, vai servir para quem precisar dela.

Descubro, não sem surpresa, caixotes com mais CD's, livros e revistas no guarda-fatos da I. Ai a minha vida.

Entre arrumar, deitar fora e organizar, tenho esperança que sobrem gavetas para as roupas pequeninas, para as fraldas tamanho 0 e os pacotes de algodão hidrófilo.

O meu quarto perde aos poucos o ar organizado e clean, para se encher com uma cama de grades, um mudador e sabe-se lá o quê mais.

O bébé está quase a chegar.

E agora

, sento-me aqui um bocadinho a descansar.

2005-10-03

No quarto

a cama já está montada, e eu já comprei algumas das coisas que queria. Para a maternidade, um babygrow cheio de riscas alegres.

Sei que quando estiver tudo pronto vou ficar mais tranquila.

Pela

terceira vez em pouco tempo, vomita. Talvez se tenha engasgado com qualquer coisa, suspeitamos da expectoração que lhe tem o nariz sempre ranhoso.

Fica muito aflita, toda vermelha, nós a ampará-la e a sossegá-la, a fazer festinhas na cabeça "já passou" e ela surpreendida e aflita, ainda assim bem-disposta, a terminar com um "já está!".

Estas pequenas coisas doem-nos mais a nós que a ela.

Com 18 meses e uma semana

o meu record pessoal: Dois pés e uma mão.
(Cortar as unhas dela)

2005-10-02

Imagens de ti (VI)

Ao telefone

, o meu pai pergunta se está tudo bem, e eu conto que ela está numa fase complicada, cheia de birras e que me custa, porque me canso, e ele, para quem foi/é difícil perceber, só diz "Pois, vocês metem-se em alhadas!"

Eu sorrio.

Fui

passear com ela e com a S., à beira mar (ou será rio?).

Ai. É tão difícil.

Pára, anda para trás. Quer ir para sítios perigosos. Refila, resmunga, chora.
E eu cansada, com dificuldades em me dobrar, as costas a queixarem-se quando lhe pego, ela em protestos e choros.

Quando vê um bébé fica toda feliz. Quer tocar, faz festinhas meiguinhas, mas não sabe parar. Os pais já não sorriem tanto e querem continuar o passeio e eu insisto "Diz adeus ao bébé", e porfim tudo acaba comigo a segurá-la, ela furiosa, a chorar "Bébé!!!!!!!!!!!".

No final do passeio estamos as duas cansadas. Eu, de contrariar, e ela de ser contrariada.

A fazer tempo

para ver o "A leste do paraíso", às 23h30. (Será que vou conseguir ver todo?)

Foi um dos livros preferidos da minha adolescência. Lembro-me de o ir buscar e ler bocados à escolha da sorte, enquanto lanchava ou almoçava. Nunca me fartava.

E agora já não me lembro bem. (Tenho que ler outra vez!)